sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Efeito Guardiola

A bola corre de pé em pé. Em grande parte do cortejo, eles têm o domínio – do objeto esférico e do confronto.

Guardiola conseguiu potencializar o desempenho de cada atleta em particular. Messi não tem o mesmo brilho fora do clube catalão; Xavi e Iniesta só são completos com a camisa azul-grená; Sérgio Busquets, de mediano em qualquer equipe, torna-se o melhor médio-volante do mundo.

Isso sem falar nas atuações de destaques de Piqué, que há três temporadas era apenas um reserva insignificante no Manchester United; Fàbregas, que deu outra cara ao time; Daniel Alves e todos, sim, todos os outros.

Contudo, o mais incrível é que o todo ainda consegue ser maior que a soma das partes. O Barcelona, às vezes, parece ser um organismo vivo. Sai jogador,entra jogador, o time muda o jeito de jogar, mas não perde a essência, marcada pela dicotomia posse de bola e beleza plástica.

A soberania do Barça não se explica somente pelas variáveis táticas e técnicas. É muito maior do que isso.

Guardiola faz parte de um grupo de intelectuais que se reúnem com certa frequência na Espanha. Entre os frequentadores destes bate-papos está uma das referências na literatura espanhola Enrique Vila-Matas.

O conhecimento teórico que Guardiola adquiriu nas demais áreas do conhecimento, muito em função do seu largo escopo cultural, é utilizado com louvor em sua filosofia implantada nas quatro linhas. O técnico de Santpedor ainda dá seus primeiros passos. A revolução está por vir.