sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cruzeiro está pronto para conquistar a América

O outrora preterido Wellington Paulista agora é o artilheiro e herói do Cruzeiro na Libertadores

Nem a tradição do São Paulo tri campeão da Copa Libertadores, nem a imortalidade do tricolor gaúcho foram páreos para a eficiência tática e técnica do Cruzeiro. Adilson Batista, o técnico mais contestado do mundo, conseguiu armar um time consistente na marcação e eficaz no ataque, que aproveita bem as chances criadas e consegue anular, com muita competência, as principais jogadas dos adversários. Este bom desempenho pode ser ainda mais celebrado se levarmos em conta as baixas do clube celeste, que para este último jogo contra o Grêmio não contava com dez atletas.

O jogo de ontem foi muito corrido e com forte marcação. Os times, embora com muita disposição, não conseguiram produzir muitas oportunidades de gol. O Grêmio, pragmático como sempre, optou pelas bolas aéreas, mesmo erro cometido pelo outro tricolor, o do Morumbi. O setor defensivo do Cruzeiro está bem preparado para esse tipo de jogada, até mesmo porque tem um miolo de zaga muito alto, formado por Leonardo Silva, com quase dois metros de altura, e Thiago Heleno, também muito alto.

O Cruzeiro, com uma eficiência cirúrgica, logo em seu primeiro chute a gol, abriu o placar. Numa bela jogada de Kléber – que no meu ponto de vista, é o melhor jogador da Copa Santander Libertadores – pela ponta direita, passando facilmente por dois marcadores, o atacante deu um belo passe para Wellington Paulista, que, na cara do gol, não desperdiçou. O Grêmio ficou atordoado depois do primeiro gol e poucos minutos depois, Wellington fez mais um, sacramentando a classificação celeste ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, o time do Cruzeiro, com a classificação já assegurada, relaxou e acabou sofrendo dois gols. O segundo deles foi o mais bonito da partida: uma pancada de Souza de fora da área, sem chances para o goleiro Fábio.

É bom salientar que ainda nada está ganho. O Cruzeiro tem pela frente o forte Estudiantes, legítimo tri campeão da Libertadores: 1968, 1969 e 1970. Na fase de grupos os dois clubes se enfrentaram por duas vezes. A partida do Mineirão foi vencida pelo Cruzeiro, 3 x 0, e a de La Plata, pelo Estudiantes, 4 x 0. Embora o confronto seja parelho, acredito em um leve favoritismo para o time de Adilson Batista, que tem um conjunto mais forte e jogadores de rara habilidade, que com um lance podem definir o confronto, neste caso, principalmente, Kléber e Ramires.

Foto: Superesportes